Quando criança, aprendemos que nem tudo podemos fazer, como usar uma faca, mexer no fogão, jogar comida no chão, ou até mesmo ficar até tarde vendo telas. Pois é, hoje em dia, já adultos, vemos que isso foi importante para que pudéssemos nos desenvolver com saúde e integridade, não é mesmo?
Mas provavelmente, na infância, você questionou a imposição dessa regras. Perguntas como “Mas porque não? Por que não posso isso ou aquilo? Por que tem que ser assim?” são feitas pelas crianças, e nada mais justo que saibam o motivo por trás das regras que lhes são impostas. Muitos adultos entendem essas questões como rebeldia, sendo que, na verdade, elas fazem parte comportamentos que chamamos ASSERTIVOS.
A assertividade é uma habilidade que nos permite exercer nossos próprios direitos, expressando pensamentos, sentimentos e crenças de maneira orgânica, honesta e apropriada ao contexto, sem violar o direto do outro.
Quando adultos, procuramos ser assertivos em vários âmbitos de nossa vida. Para isso, precisamos que essa habilidade tenha sido bem desenvolvida, pois é a partir dela é que podemos apresentar uma boa autoconfiança nas relações interpessoais e maior facilidade em expor aquilo que sentimos de forma clara e tranquila, sem gerar conflitos. O desenvolvimento da assertividade começa na infância, quando as pessoas de nosso convívio estimulam e respeitam a nossa expressividade, e se estende por toda a vida.
Uma pessoa considerada assertiva tem um maior domínio dos assuntos que aborda, apresenta suas opiniões de forma com que o outro a compreenda com mais facilidade e busca sempre chegar a um acordo em discussões. Desta forma não tenta ganhar, e sim, respeitar a opinião do outro em busca de equilíbrio em suas relações.
A pessoa assertiva possui inúmeras as vantagens em relação à sua autoestima. Tende a ter maior autoconfiança e sensação de segurança, juntamente com boas habilidades em comunicação e relações sociais. Também tem maiores chances de exercer um controle saudável sobre a sua ansiedade nas interações com o outro, apresentando mais clareza e empatia na fala.
É sempre bom lembrar que ser assertivo não é ser “super sincero. É preciso atentar à escolha das palavras, expressão facial e corporal, volume e intensidade da voz, entre outros aspectos. Uma frase muito boa para entender esse contexto é “Nem toda pessoa sincera é assertiva, mas toda pessoa assertiva é sincera”.
A raiz de muitos problemas que trazem as pessoas para a psicoterapia é a falta de assertividade em suas relações sociais. No próximo texto trarei algumas dicas práticas para trabalhar a assertividade, pois é um comportamento que vale a pena ser desenvolvido, fique ligado….